sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

JÚPITER: O MAIOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR



Júpiter faz lembrar-me das aulas de Astronomia quando lecionava para os meus aluninhos. Sabe por quê? Por causa do seu imenso tamanho e as cores que ele contém.
Na História Antiga foram os romanos que o nomearam de Júpiter, que era um deus supremo considerado mestre do céu pelo seu brilho constante.


Júpiter é observado há muito tempo, desde a antiguidade, mas Galileu Galilei foi quem o observou pela primeira vez através de um telescópio em 1610, onde foi descoberto quatro dos seus satélites naturais: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Ao todo contém 63 satélites. O satélite Ganimedes é o maior e um dos poucos corpos que possui atividade vulcânica. Mas o satélite que está intrigando os astrônomos é o Europa. E qual seria o motivo? É o satélite que possui um oceano líquido. Isso é fantástico!


É o quinto planeta mais próximo do Sol e é o maior no Sistema Solar. A sua rotação é a mais rápida de todos os planetas. Enquanto a rotação do nosso planeta dura 24 horas, a dele dura 10 horas. De tão grande que ele é contém mais matéria do que todos os outros planetas juntos. Não é inacreditável? Ao compararmos o seu tamanho com o planeta Terra, o espanto é maior ainda: Júpiter é 318 vezes maior do que a Terra, tem um diâmetro 11 vezes superior ao nosso, mas é menos denso. Isso mesmo. Esse gigantesco planeta é menos denso do que o planeta Terra porque é composto principalmente de hidrogênio, hélio e pequenas porções de outros componentes. É um planeta gasoso juntamente com Saturno, Urano e Netuno. Mas há pesquisas sendo divulgadas que ele pode ter um pequeno núcleo rochoso do tamanho do nosso planeta.
O que mais é fascinante em Júpiter, na minha opinião, é a Grande Mancha Vermelha. 


A Grande Mancha Vermelha é uma tempestade (de 500 Km/h) que se move numa direção anti-horária. Alguns cientistas reconhecem que pode ser uma característica permanente do planeta. Essa mancha tem de 24 mil a 40 mil Km de extensão. Isso que dizer que caberiam de dois a três planetas Terra.
Júpiter pode ser obsevável com mais frequência à noite, sendo o quarto corpo celeste mais brilhante no céu, perdendo apenas para o Sol, a Lua e Vênus.
Pelas suas imagens não dá para observar o seu sistema de anéis. Na verdade Júpiter possui anéis, mas que são invisíveis visto da Terra. Os anéis foram descobertos em 1979 pela Voyager. Os anéis de Júpiter são diferentes dos anéis de Saturno. Logo quando foi descoberto, pensava-se que Júpiter possuía apenas um anel, mas com as imagens obtidas pela sonda espacial Galileu foram evidenciados dois anéis. Um anel está inserido no outro.


Há muita coisa que fascina em Júpiter, mas há uma que intriga muitos astrônomos. Chamado de "aspirador" do Sisitema Solar, é considerado o planeta que mais recebe impactos de cometas. Alguns cientistas acreditam que ele atrai cometas em direção à Terra, entretanto outros enfatizam que ele protege. O último impacto registrado foi do cometa Shoemaker - Levy 9, em 1994.


Este ano fiz a prova do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM), e por coincidência cairam 2 questões sobre Júpiter. Vejam a seguir:
Questão 53- ciências da natureza e suas tecnologias
Júpiter, conhecido como o gigante gasoso, perdeu uma das suas listras mais proeminentes, deixando o seu hemisfério Sul extremamente vazio.Observe a região em que a faixa sumiu, destacada pela seta:
                                           http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=jupiter-perdeu-faixa&id=030130100512


A aparência de Júpiter é tipicamente marcada por duas faixas escuras em sua atmosfera - uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. Como o gás está constantemente em movimento, o desaparecimento da faixa no planeta relaciona-se ao movimento das diversas camadas de nuvens em sua atmosfera. A luz do Sol, refletida nessas nuvens, gera a imagem que é captada pelos telescópios, no espaço ou na Terra.
O desaparecimento da faixa sul pode ter sido determinado por uma alteração
A) na temperatura da superfície do planeta.
B) no formato da camada gasosa do planeta.
C)no campo gravitacional gerado pelo planeta.
D)na composição química das nuvens do planeta.
E)na densidade das nuvens que compõem o planeta.  CORRETA


Como citei no início, Júpiter possui uma atmosfera muito densa e variável, devido as suas nuvens de enxofre e amônia.




ENEM 2010: Questão 176 - Matemática


As disparidades de volume entre os planetas é tão grande que seria possível colocá-los uns dentro dos outros. O planeta Mercúrio é o menor de todos. Marte é o segundo menor: dentro dele cabem três Mercúrios. Terra é o único com vida: dentro dela cabem sete Martes. Netuno é o quarto maior: dentro dele cabem 58 Terras. Júpiter é o maior dos planetas: dentro dele cabem 23 Netunos.
(Revista Veja. Ano 41, número 25, 25 jun. 2008)


Seguindo o raciocínio proposto, quantas Terras cabem dentro de Júpiter?

a) 406
b) 1334  CORRETA
c) 4002
d) 9338
e) 28014

 Ao resolver essa questão, segui a seguinte ideia:

Marte corresponde 3 Mercúrios
Terra corresponde 7 Martes
Netuno corresponde 58 Terras
Júpiter corresponde 23 Netunos

58 x 23 = 1334



Fiquei muito feliz por ter acertado essas questões. Não fui muito bem no exame, mas por amor à Astronomia não tive dificuldades em resolver. Não é de admirar-se que essa ciência é considerada a mais desafiante e futurística de todas. E não deixarei de mostrar esse amor aos meus alunos.












quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SOL: A NOSSA ESTRELA MAIS IMPORTANTE

Cada artigo publicado no meu blog terá sempre uma "motivação astronômica" qualquer. E a de hoje foi quando levantei-me da cama e olhei para a minha janela. Em pleno verão, vi aquela maravilha de estrela toda brilhante e escaldante. Pensei: "Nossa, mais uma inspiração".
Fui pesquisar o seu nome e aprendi que ele é de origem de várias mitologias. Os gregos o chamavam de Hélios e os romanos de Sol.



O Sol é uma das 100 bilhões ou mais de estrelas que habitam a nossa galáxia e ele é o maior em massa do nosso Sistema Solar. A sua massa solar é constituída de 75 por cento de hidrogênio e 25 por cento de hélio, os dois gases mais leves que existem.
Essa estrela é muito quente. Só para se ter uma idéia, a temperatura do seu núcleo é de 15 milhões de graus kelvin e a temperatura da sua superfície é de 5.800 graus kelvin.



Além de ter uma altíssima temperatura, de idade nem se fala. Ele tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e continuará por mais 5 bilhões de anos.
Sabe quantos planetas Terras caberiam dentro dele? Nada mais ou nada menos do que 1 milhão. A sua distância com a do nosso planeta é de 150 milhões de quilômetros e os seus raios solares demoram 8 minutos para chegarem ao nosso planeta.
O Sol é o centro do Sistema Planetário Solar e é a estrela mais próxima do planeta Terra. Gravitam ao seu redor corpos celestes - como planetas, planetas anões, asteróides e cometas - que geralmente, a maior parte deles, giram na mesma direção.



O vídeo a seguir, um dos meus favoritos, fala resumidamente sobre essa maravilhosa estrela. Só de assistir, parece que não dá para acreditar na potência que o Sol tem, mas isso é devido a distância que não nos dá possibilidades de enxergarmos. Olha, mas se desse estaríamos bem "fritinhos"! Essa distância nossa está excelente. É melhor olhar por meio de sondas ou telescópios. Agora é só assistir e ficar irradiado!



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

EXPLOSÃO DE FOGUETE NA ÍNDIA

No artigo anterior comentei sobre satélites artificiais. Aproveitando sobre o acidente trágico ocorrido na Índia no dia 25 de dezembro, darei continuidade sobre o assunto.
Hoje a Índia tem como objetivo expandir no mercado mundial de satélites comerciais. Vejam abaixo um exemplo de lançador de satélites indiano:




A Índia iniciou seu Programa Espacial em 1963 e é reconhecida por ser um país independente na costrução de satélites, porque ela mesma os criam e, consequentemente, avança no mercado mundial de satélites. Dessa forma, os indianos planejaram enviar um foguete não tripulado que carregava um satélite de comunicações, mas ele explodiu no ar com menos de um minuto de lançamento. Até o momento não foi publicado os motivos do incidente.
É preocupante a situação do Programa Espacial Indiano. Só para lembrar, em abril deste ano houve uma queda de um outro foguete por causa de uma falha em seu sistema, que caiu no Golfo de Bengala.
Agora, reflitam comigo. Será que os indianos terão condições de enviar uma missão tripulada no espaço em 2016? É esperar para ver e crer.



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DOS SATÉLITES ARTIFICIAIS



Para escrever esse meu primeiro artigo, fui influenciada por meio de um filme chamado Cowboys do Espaço (Space Cowboys). Dirigido por Clint Eastwood, o filme fala sobre um piloto da Força Aérea Americana, já aposentado, que trabalhou na NASA há um certo tempo e que é chamado novamente para ajudar a consertar um satélite no espaço. Mas ele vai com uma condição: levar mais três amigos juntos, que foram companheiros de profissão, para que ele possa aproveitar essa situação resolvendo certas intrigas que aconteceram no passado entre eles.



Mas, afinal, tirando o sentimentalismo o que é importante neste filme? Os satélites artificiais. Até então eu não dava a menor importância para isso. E na verdade sem eles não estaríamos nem lendo artigos na web, como este.
Primeiramente, devemos saber a diferença entre satélites naturais e satélites artificiais. Os satélites naturais são astros iluminados que giram ao redor da maioria dos planetas, como por exemplo a Lua em torno da Terra. Já os satélites artificiais são objetos construídos e lançados no espaço para auxiliar na realização da comunicação, previsão do tempo (satélite meteorológico), auxílio para navios e aviões na orientação de suas  posições (satélite de navegação) e pesquisa e captura de imagens da superfície terrestre (satélite de reconhecimento).
Agora pegaremos a televisão como um exemplo. Como acontece o seu funcionamento por meio do satélite artificial? As ondas eletromagnéticas são geradas numa estação chamada geradora, que é lançada para a órbita da Terra e retransmitida o seu sinal para uma segunda estação na Terra, chamada receptora. Observem o esquema abaixo:


Quando eu expliquei sobre a importância dos satélites para os meus alunos do quarto ano do Ensino Fundamental, percebi que eles ficaram entusiasmados e admirados. É difícil para uma criança de 8 ou 9 anos entender sobre este assunto? Com a ajuda de imagens e objetos não. A criança já está inserida num mundo de transformações cintíficas e tecnológicas e nada mais comum ela ter curiosidades sobre o que está a sua volta.
E para finalizar deixo um trecho deste excelente filme.